domingo, 11 de janeiro de 2015

O ANEL


Em um pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era sempre consultado pelas pessoas da região.
Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se.
Venho aqui, professor, porque sinto-me tão pouca coisa e sem valor, que não tenho forças para fazer nada.
Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota.
Como posso melhorar? 
O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse:
Sinto muito meu jovem, mas não posso ajudar-te.
Devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois…
E fazendo uma pausa falou:
Se você ajudasse-me, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez, possa ajudar-te.
C… Claro, professor, gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez desvalorizado, porém resolveu ajudar seu antigo professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse:
Monte no cavalo e vá até o mercado.
Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida.
É preciso que obtenhas pelo anel o máximo valor possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro.
Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu.
Mal chegou ao mercado, começou a oferecer o anel aos mercadores.
Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel.
Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele, mas só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel.
Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas.
Depois de oferecer a jóia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso, montou no cavalo e voltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, livrando assim seu professor das preocupações.
Dessa forma ele poderia receber a ajuda e conselhos que tanto precisava.
Entrou na casa e disse:
Professor, sinto muito, mas é impossível conseguir o que me pediu.
Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
Importante o que disse, meu jovem… contestou sorridente.
Devemos saber primeiro o valor do anel.
Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro.
Quem melhor para saber o valor exato do anel? Ele fabrica anel então sabe o seu valor…
Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dará por ele.
Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda…
Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e deu-lhe o anel para examinar.
O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o mesmo, e disse:
Diga ao seu professor, que se ele quiser vender agora, não posso dar mais que 50 moedas de ouro pelo anel.
50 MOEDAS DE OURO ???? – perguntou o jovem.
Sim, replicou o joalheiro.
Eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente…
O jovem correu emocionado à casa do professor para contar o que ocorreu.
Sente-se – disse o professor.
Depois de ouvir tudo o que o jovem contou-lhe, falou:
Filho, você é como este anel, uma joia valiosa e única, e que só pode ser avaliada por quem de fato entende de jóias. Pensava que qualquer um podia descobrir o seu verdadeiro valor?
Todos somos como esta joia: valiosos e únicos, e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem. Porém o que encontramos são pessoas que não sabem do nosso verdadeiro valor. O joalheiro falou o valor do anel porque ele entende de jóias. Não importa se alguém disse ou pensa que você não tem valor. O que importa é o que Deus e você pensa a seu respeito.
Você deve acreditar em si mesmo.
Sempre!



“Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem o seu consentimento.”

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